As barreiras estão por todos os lados para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida: no transporte público, nas calçadas estreitas, nas ruas esburacadas e nas mais variadas construções. Os desafios são enormes, mas podem ser vencidos com a renovação urbanística das cidades, o desenvolvimento de projetos arquitetônicos inclusivos e a utilização de recursos relativamente simples, como as portas automáticas. Para acessibilidade, elas são um mecanismo indispensável, pois permitem que qualquer pessoa consiga entrar e sair livremente de prédios, lojas e casas.
A característica fundamental das portas automáticas é o sistema automatizado de abertura e fechamento. Só isso já garante dignidade à pessoa com deficiência. Imagine, por exemplo, nos obstáculos que um cadeirante enfrenta para abrir e fechar uma porta. Além de ser difícil, também é uma situação que causa insegurança. As portas automáticas, portanto, são itens primordiais em projetos acessíveis.
Qual a importância das portas automáticas para acessibilidade?
No Brasil, cerca de 24% da população tem algum tipo de deficiência (visual, auditiva, motora ou mental), totalizando quase 46 milhões de pessoas, de acordo com dados do Censo 2010, elaborado pelo IBGE. Esse número tende a se agravar com o aumento da longevidade no país, já que os idosos (acima dos 60 anos) também enfrentam limitações nas habilidades avaliadas pelo Censo.
Ainda de acordo com o IBGE, a população idosa vai dobrar até 2047, no Brasil. A previsão é que já em 2031, o país já tenha mais pessoas com mais de 60 anos do que na faixa etária entre zero e 14 anos. Acessibilidade é pensar em todos os públicos que, de forma temporária ou permanente, necessite de condições específicas para realizar atividades do dia a dia, com autonomia, conforto e segurança.
Mais do que um respeito à dignidade das pessoas, a acessibilidade é reconhecidamente um direito de todos. Uma das leis que disciplina a questão é o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que prevê que é um dever do Estado, da sociedade e da família garantir, entre outros, o direito à acessibilidade.
O Estatuto do Idoso, por sua vez, reforça que o Estado e a sociedade devem assegurar ao idoso o direito à liberdade, ressaltando a possibilidade de ir, vir e permanecer em locais públicos e espaços comunitários.
A principal vantagem das portas automáticas para acessibilidade é que elas eliminam uma das mais frequentes barreiras impostas a quem enfrenta algum tipo de dificuldade de locomoção: o acesso a prédios, residências e estabelecimentos públicos ou privados. E o mais importante é que esses equipamentos permitem que a entrada e saída desses espaços seja feita com a máxima autonomia, respeitando a liberdade de circulação das pessoas.
Outra contribuição das portas automáticas para acessibilidade é a segurança que elas oferecem, já que seu funcionamento é viabilizado por sensores de presença, evitando o fechamento das portas durante a passagem. Esses pontos também representam vantagens das portas automáticas para hospitais e clínicas, locais em que a circulação de pessoas com mobilidade reduzida é recorrente.
Como incluir as portas automáticas em projetos acessíveis?
Projetos urbanísticos e arquitetônicos devem considerar dimensões que garantam a livre circulação, mas podem, também, incluir equipamentos que auxiliem nesse ponto, como as portas automáticas. É importante, no entanto, levar em consideração algumas questões, como:
- propósito de uso do espaço;
- público que circula no local;
- dimensões do ambiente;
- detalhes do projeto;
- modelo de porta adequado.
Entenda, agora, o que avaliar em cada uma dessas etapas!
Propósito de uso do espaço
A arquitetura do local deve ser toda pensada em função do seu uso. A proposta para uma residência é diferente da de uma loja, por exemplo. Isso tem que ser levado em consideração, pois também influencia nas soluções inclusivas que deverão ser desenvolvidas.
Público que circula no local
A quantidade de pessoas que circulam no local e o tipo de público esperado são outros dados a serem avaliados na hora de elaborar projetos acessíveis. Se é um local de grande circulação, será necessário escolher portas automáticas que permitam um vão de abertura maior. Da mesma forma, é necessário avaliar qual será o público frequentador do espaço, para identificar se o percentual de pessoas com mobilidade reduzida é elevado ou não.
Dimensões do ambiente
A apuração das dimensões do ambiente é outro fator importante. O tamanho do local pode limitar, por exemplo, o espaço para abertura e fechamento das portas. Além disso, conhecer as extensões de área facilita a identificação de todas as soluções necessárias para acessibilidade, que devem ser planejadas conjuntamente.
Detalhes do projeto
Seja um projeto de construção ou de reforma, é fundamental conhecer todos os detalhes, pois algumas eles podem revelar informações importantes a serem consideradas na hora de escolher e instalar as portas automáticas. É o caso das condições ambientais, da estrutura dos arredores e até mesmo dos custos – tudo isso, ao final, vai interferir nas decisões sobre equipamentos inclusivos.
Modelo de porta adequado
Existem diferentes tipos de portas automáticas. Avaliar a melhor opção para o projeto é fundamental para que o resultado seja o melhor possível. Essa decisão vai depender de todas as questões apuradas anteriormente.
Por exemplo, portas automáticas deslizantes ocupam menos espaço do que as portas automáticas pivotantes. Existem, ainda, as portas automáticas telescópicas e antipânico, que movimentam mais de uma folha da porta ao mesmo tempo, sendo mais recomendadas para ambientes com maior circulação de pessoas.
A escolha de portas automáticas para acessibilidade deve ser feita com apoio de empresa especializada na instalação desse tipo de equipamento, que saberá indicar o tipo de porta mais alinhado às necessidades do local, além de trazer orientações adicionais, sobre sensores e itens de segurança.
Agora que você já conhece a importância das portas automáticas para acessibilidade, assine a nossa newsletter e receba, em seu e-mail, conteúdos exclusivos sobre projetos e tendências.
Leave a Reply